Aconteceu semana passada, no Sesc 24 de Maio, a quinta edição da SIEMS (Semana Internacional do Esporte pela Mudança Social), que discutiu o esporte como agente transformador no desenvolvimento humano para diferentes idades, classes e culturas, derrubando barreiras e aproximando mundos socialmente distantes.
O evento é uma realização da REMS (Rede Esporte pela Mudança Social), representando mais de 100 instituições, com o Sesc (Serviço Social do Comércio) e o IAS (Instituto Ayrton Senna), com apoio do CEPEUSP/PRODHE (Centro de Práticas Esportivas de Universidade de São Paulo/Programa de Desenvolvimento Humano pelo Esporte) e parceiros institucionais da REMS, Nike e PNUD Brasil (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
“Foi uma semana intensa, com conteúdo bastante rico e diverso, na qual conseguimos discutir temas atuais e relevantes relacionados ao esporte para a mudança social. Estamos muito felizes com o resultado!”, avalia Ana Luiza Carrança, coordenadora da REMS.
A SIEMS contou com a participação de atletas brasileiras, convidadas a mediarem as mesas de debates: Magic Paula, Ana Moser e Patrícia Medrado. Nomes internacionais também marcaram presença, como Margaret Whitehead e Nigel Green, respectivamente presidente e chair da Associação Internacional de Letramento Corporal; Laska Nenova, gerente da campanha NowWeMove na ISCA, organização européia que defende a atividade física no dia a dia das pessoas; e Jorge Knijnik, professor associado da Western Sydney University e pesquisador sobre as diferenças de gênero dentro do esporte social.
Entre palestras, debates, oficinas e atividades práticas, os participantes trocaram conhecimentos e trouxeram à tona temas relevantes sobre o esporte para o desenvolvimento humano: consciência corporal, acessibilidade, ativismo social, a importância do lazer e do ato de brincar em qualquer fase da vida, entre outros.
“Durante os quatro dias de SIEMS, debatemos questões urgentes em nossa causa, tais como aplicar novos modelos de convivência dentro do esporte, para que se torne um espaço onde grupos sociais diversos possam se reconhecer, e assim desmistificar estereótipos culturais e reavaliar preconceitos étnicos e de gênero. Somente dessa maneira podemos ampliar a luta contra qualquer tipo de discriminação”, complementa Willliam Boudakian de Oliveira, diretor executivo do Instituto Família Barrichello, organização responsável pela Secretaria Executiva da REMS.