A REMS publicou um manifesto no dia 09 de Setembro lançando sua campanha para a criação de um Sistema Nacional do Esporte. Pode ser que, para algumas pessoas, ao ouvir ou ler a expressão “Sistema Nacional do Esporte” não fique muito claro exatamente o que é isso e qual sua importância.
O esporte é comprovadamente um fator de desenvolvimento humano, contribui para a melhoria na qualidade de vida e promove a integração. Com o Sistema Nacional do Esporte, as competências e responsabilidades de organizações e entes federativos serão claramente definidas, as prioridades na aplicação dos recursos disponíveis serão determinadas e o esporte será integrado com outras políticas públicas.
Podemos pegar o exemplo do Canadá para verificar os benefícios que criação de um Sistema Nacional do Esporte gera. A política esportiva do Canadá, estabelecida em 2012, institui uma direção para todos os governos, instituições e organizações comprometidos com a realização de impactos positivos por meio do esporte em indivíduos, comunidade e sociedade. Essa política, construída dando continuidade à política 2002, une diversas instâncias governamentais, stakeholders do setor esportivo e membros das comunidades. Além disso, contempla também grupos específicos, como mulheres, pessoas com deficiência, comunidades étnicas, entre outros.
Acima de tudo, a política do Canadá procura melhorar a experiência das pessoas em relação ao esporte, ajudando a garantir o bom funcionamento e a transparência do sistema esportivo. Ela reflete um novo modo de liderança compartilhada, com a colaboração entre diversos atores, para atingir os objetivos de participação, excelência e interação no esporte.
Os principais benefícios alcançados são:
- uma proporção maior de pessoas de todos os segmentos da sociedade consegue se envolver em atividades de esporte com qualidade, em todos os níveis e em todas as formas de participação;
- a quantidade de atletas com talento é expandida e
- os times alcançam ótimos resultados mundiais, por meios justos e éticos.
Outro exemplo interessante é o dos Estados Unidos. Neste país, as crianças têm contato com as modalidades esportivas desde muito cedo. No ensino médio, quem mostra aptidão passa a ser treinado como atleta. Durante a faculdade, os esportistas ganham bolsas e podem chegar a se profissionalizar. Podemos observar uma relação entre esporte e educação: estímulo para treino e estudo. O nadador Ryan Lochte, rival de Michael Phelps, recebeu medalha de ouro em Atenas-2004, quando ainda nadava pela Universidade da Flórida. Cesar Cielo treinou e estudou em Auburn e venceu em Pequim-2008.
Ao analisar as políticas esportivas que existem pelo mundo, podemos verificar as atividades de sucesso e pensar sobre a possibilidade de aplicação, com as devidas adaptações, para o Brasil. Desta forma, podemos ajudar a garantir que o Sistema Nacional do Esporte no Brasil se estruture da melhor maneira possível, para atender toda a população.