A experiência surgiu dentro do contexto do projeto Esporte e Cidadania em Ação (E.C.A) Basquete, que teve início no mês de julho de 2022 e contempla quatro núcleos na grande São Paulo, sendo dois deles no município de Diadema e dois no distrito da Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo. A apresentação foca nos dois últimos núcleos, temos uma parceria com o CRAS e atuamos dentro do Centro Para Criança e Adolescente, atendendo educandos de seis a 14 anos de idade, no contraturno escolar.
O Instituto preconiza a importância de sensibilizar algumas datas, tendo em vista a oportunidade de despertar e ampliar conhecimento acerca de temas relacionados a sociedade em que vivemos, existe um calendário que norteia a nossa atuação e através do mesmo pensamos nos objetivos e estratégias, buscando ensinar através da prática de jogos e brincadeiras.
Através do calendário institucional realizamos o planejamento das aulas, como a cada mês temos propostas distintas, a ideia dos objetivos sempre foi a de utilizar os verbos, despertar ou ampliar, considerando o conhecimento prévio dos educandos, o segundo passo foi a criação das estratégias, procuramos ressignificar alguns jogos que os grupos mais gostavam, essa dinâmica se mostrou assertiva, já que os temas sensibilizados exigiam um diálogo mais concreto e assertivo e não poderíamos perder a dinâmica da aula com atividades novas na qual exigissem um tempo maior de explicação.
A estrutura dos encontros eram divididas em três momentos, na roda inicial os educandos compartilhavam o que conheciam, e em seguida vivenciavam na prática, nesse segundo momento utilizávamos materiais extras, como por exemplo, em uma aula sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, disponibilizamos filipetas com os direitos e deveres. Além disso os materiais habituais ganhavam significados, os sinalizadores verde, amarelo e vermelho representaram as cores do semáforo em uma atividade sobre o cuidado com o corpo a respeito do Dia do Combate ao Abuso e a exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. No momento final, com os educandos novamente em roda validávamos a construção do grupo, apresentando algumas observações, informações e dados. Por fim perguntávamos o que aprenderam e qual a importância do tema sensibilizado.
Através da sensibilização dos temas, observamos que a proposta é fundamental e contribui para ampliação de conhecimento dos educandos, sobretudo por envolver o movimento corporal. Inicialmente sabíamos que os serviços parceiros também desenvolviam um trabalho sobre os temas mensais, entretanto no nosso mapeamento ficou evidente o desconhecimento por parte dos atendidos, isso evidencia ainda mais o potencial que os jogos e brincadeiras tem em dar sentido aos conteúdos referentes a nossa sociedade durante as aulas.
Após algumas intervenções, tivemos relatos de educandos apresentando negligências de direitos, situações de importunação sexual, relatos de desafios e potenciais em suas respectivas comunidades, além de compartilharem o conhecimento aprendido em outros espaços, como por exemplo na escola.
O principal desafio foi o de alinhar essa proposta com os objetivos que emergem durante as aulas, alguns foram facilmente adaptados, outros foi preciso renunciar a um, em prol do outro.
Acreditamos que essa experiência pode ser reproduzidas em outros contextos e não se prende ao um único grupo etário, ou a locais específicos, até porque durante a execução da proposta estávamos atuando em dois núcleos desafiadores, tanto no que diz respeito a espaço físico, quanto a faixa etária, que era heterogênea dentro de uma região em vulnerabilidade social.
Contudo a sua efetividade só será possível primeiramente pela busca de conteúdos que não estão ligados diretamente a Educação Física, trazendo propriedade para o educador desenvolver a proposta, outro ponto importante é ter flexibilidade em gerir estratégias de acordo com as necessidades de cada grupo, considerando que o que é desafiador para um, pode não ser para o outro, encontrar esse equilíbrio é fundamental.
Por fim fazer boas perguntas, além de ajudar no ponto de partida, uma pergunta mal feita irá dispersar a turma, já uma pergunta bem feita irá conduzi-los ao objetivo principal da aula.
A experiência surgiu dentro do contexto do projeto Esporte e Cidadania em Ação (E.C.A) Basquete, que teve início no mês de julho de 2022 e contempla quatro núcleos na grande São Paulo, sendo dois deles no município de Diadema e dois no distrito da Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo. A apresentação foca nos dois últimos núcleos, temos uma parceria com o CRAS e atuamos dentro do Centro Para Criança e Adolescente, atendendo educandos de seis a 14 anos de idade, no contraturno escolar.
O Instituto preconiza a importância de sensibilizar algumas datas, tendo em vista a oportunidade de despertar e ampliar conhecimento acerca de temas relacionados a sociedade em que vivemos, existe um calendário que norteia a nossa atuação e através do mesmo pensamos nos objetivos e estratégias, buscando ensinar através da prática de jogos e brincadeiras.
Através do calendário institucional realizamos o planejamento das aulas, como a cada mês temos propostas distintas, a ideia dos objetivos sempre foi a de utilizar os verbos, despertar ou ampliar, considerando o conhecimento prévio dos educandos, o segundo passo foi a criação das estratégias, procuramos ressignificar alguns jogos que os grupos mais gostavam, essa dinâmica se mostrou assertiva, já que os temas sensibilizados exigiam um diálogo mais concreto e assertivo e não poderíamos perder a dinâmica da aula com atividades novas na qual exigissem um tempo maior de explicação.
A estrutura dos encontros eram divididas em três momentos, na roda inicial os educandos compartilhavam o que conheciam, e em seguida vivenciavam na prática, nesse segundo momento utilizávamos materiais extras, como por exemplo, em uma aula sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, disponibilizamos filipetas com os direitos e deveres. Além disso os materiais habituais ganhavam significados, os sinalizadores verde, amarelo e vermelho representaram as cores do semáforo em uma atividade sobre o cuidado com o corpo a respeito do Dia do Combate ao Abuso e a exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. No momento final, com os educandos novamente em roda validávamos a construção do grupo, apresentando algumas observações, informações e dados. Por fim perguntávamos o que aprenderam e qual a importância do tema sensibilizado.
Através da sensibilização dos temas, observamos que a proposta é fundamental e contribui para ampliação de conhecimento dos educandos, sobretudo por envolver o movimento corporal. Inicialmente sabíamos que os serviços parceiros também desenvolviam um trabalho sobre os temas mensais, entretanto no nosso mapeamento ficou evidente o desconhecimento por parte dos atendidos, isso evidencia ainda mais o potencial que os jogos e brincadeiras tem em dar sentido aos conteúdos referentes a nossa sociedade durante as aulas.
Após algumas intervenções, tivemos relatos de educandos apresentando negligências de direitos, situações de importunação sexual, relatos de desafios e potenciais em suas respectivas comunidades, além de compartilharem o conhecimento aprendido em outros espaços, como por exemplo na escola.
O principal desafio foi o de alinhar essa proposta com os objetivos que emergem durante as aulas, alguns foram facilmente adaptados, outros foi preciso renunciar a um, em prol do outro.
Acreditamos que essa experiência pode ser reproduzidas em outros contextos e não se prende ao um único grupo etário, ou a locais específicos, até porque durante a execução da proposta estávamos atuando em dois núcleos desafiadores, tanto no que diz respeito a espaço físico, quanto a faixa etária, que era heterogênea dentro de uma região em vulnerabilidade social.
Contudo a sua efetividade só será possível primeiramente pela busca de conteúdos que não estão ligados diretamente a Educação Física, trazendo propriedade para o educador desenvolver a proposta, outro ponto importante é ter flexibilidade em gerir estratégias de acordo com as necessidades de cada grupo, considerando que o que é desafiador para um, pode não ser para o outro, encontrar esse equilíbrio é fundamental.
Por fim fazer boas perguntas, além de ajudar no ponto de partida, uma pergunta mal feita irá dispersar a turma, já uma pergunta bem feita irá conduzi-los ao objetivo principal da aula.
Nosso propósito é contribuir para democratizar o acesso ao esporte e à atividade física no Brasil.